(...) os seres humanos experimentam prazer compartilhando sentimentos, e sofrem quando não podem compartilhá-los... Ter bons sentimentos significa, em poucas palavras, saber comportar-se, saber o que fazer quando a dor ou a alegria nos invadem. Possuir a perspicácia e a sensibilidade suficientes para entender o que sucede com o outro, e o autodomínio e a delicadeza imprescindíveis para a exteriorização dos nossos afetos. (Victoria Camps, Virtudes públicas)

CONCEPÇÃO
QuemNunca é um espetáculo baseado em linguagem não-realista, de estética moderna, focada na performance dos atores. Foi criado em espaço não-convencional, fora dos padrões de palco italiano, onde os atores exploram todo o espaço e estabelecem uma comunicação direta com o público, sem deixar de seguir uma partitura cênica cuidadosamente elaborada durante o processo de ensaios pela diretora e bailarina, Renata Melo. A pluralidade de situações e vocabulário teatral pretende levar o espectador a identificar a formação de uma estrutura complexa, criada ao longo do espetáculo.

QuemNunca foi desenvolvido com forte base na linguagem corporal, no gestual e jogo dos intérpretes, coletiva e individualmente.
A dramaturgia - baseada em pesquisas, experimentos e depoimentos colhidos – foi desendivida
priorizando a linguagem teatral, a fim de estimular a platéia à reflexão exigida pelo tema: ética. As cenas são vividas, narradas ou coreografadas, explorando o bom humor e as diferentes possibilidades de linguagem cênica. Os figurinos, trilha sonora, luz e canário tem concepção simples porém eficaz, auxiliando na exploração do espaço cênico e complementando a estética proposta pela direção.
SINOPSE
Através de depoimentos, esquetes e coreografias, os atores apresentam situações que colocam em questão a postura ética dos personagens, fazendo um retrato do comportamento da sociedade nos dias de hoje. A encenação não-realista, em espaço alternativo ao palco italiano, explora a linguagem estética, com interferências coreográficas baseadas no gestual relacionado ao tema, Ética.O texto é resultado de pesquisa teórica e prática do grupo, e foi adaptado por Renata Melo de maneira bem humorada, poética e reflexiva.


SOBRE O NÚCLEO EXPERIMENTAL DO SESI
O Núcleo Experimental foi criado em 2001 sob a coordenação da diretora teatral Débora Dubois. A primeira turma realizou a montagem do espetáculo Motorboy, escrito pelo dramaturgo Aimar Labaki. A direção foi da própria Débora Dubois. Em 2002, o diretor convidado a conduzir o Núcleo foi William Pereira. A montagem realizada foi Romeu e Julieta, de William Shakespeare, sucesso de público e crítica.Já em 2003, a coordenação do Núcleo, já com novo formato, passou para a professora da Escola de Arte Dramática da USP, Isabel Setti. O resultado deste trabalho foi a apresentação dos espetáculos O Nome, de Jon Fosse, dirigido por Denise Weinberg, e Santa Luzia passou por aqui com seu cavalinho comendo capim, de Newton Moreno e Antônio Rogério Toscano, com direção de Georgette Fadel. A seguir, em 2005, baseado na poética e musicalidade do compositor e músico Tom Zé nasceu o espetáculo O que eu entendi do que Tom Zé disse dirigido por Isabel Setti.No último ano, o Núcleo apresentou duas produções: B, Encontros com Caio Fernando Abreu, com direção de Francisco Medeiros, e QuemNunca, de Renata Melo. O Núcleo continua sob a coordenação de Isabel Setti.
2 comentários:
Que lindo o Blog!
=)
Merda procês!
Beijos saudosos!
Essa turma é tudo de bom!!
Linda temporada proceis!!
Merda!!
Bjs
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